Audiências públicas debatem sobre fechamento de agências bancários e os 40 anos da primeira greve nacional

O deputado federal Daniel Almeida foi proponente dos eventos realizados nas Comissões da Câmara dos Deputados.

Foto: Richard Silva

Dois importantes temas para a categoria bancária foram debatidos nesta terça-feira (14), na Comissão de Defesa do Consumidor e do Trabalho. No plenário 9, do Anexo II, a Comissão de Defesa do Consumidor realizou audiência pública sobre “Digitalização de serviços e fechamento de agências bancárias”, abordando o impacto da transformação digital sobre o atendimento bancário, especialmente nas cidades pequenas e comunidades mais afastadas, que enfrentam a redução de agências e a exclusão digital de parte da população.

“Minha solidariedade aos bancários que foram vítimas de demissões no fechamento das agências e a todos os consumidores que são vítimas da ausência da prestação desse serviço essencial. Nós não podemos achar que isso é normal, nós temos que nos incomodar e, ao debater o tema, buscar encontrar saídas. A melhor forma de encontrar o caminho adequado é colocando em torno da mesa todos os agentes e todas as opiniões que se relacionam com o tema para que, a partir desse debate, a gente possa extrair aquilo que é o melhor caminho para a sociedade brasileira”, disse Almeida. 

Ainda pela tarde, no plenário 14, Anexo II, a Comissão de Trabalho celebrou um marco histórico: os 40 anos da primeira greve nacional dos bancários, ocorrida em setembro de 1985. Durante a audiência, os participantes relembraram o cenário político do período, marcado pelo processo de redemocratização do Brasil após 21 anos de regime militar. A greve de 1985 representou um ponto decisivo na reestruturação do movimento sindical, abrindo espaço para o surgimento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das federações regionais dos bancários.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB) destacou que a greve teve papel decisivo na resistência política, na redemocratização do país e na construção de direitos trabalhistas. “Foi uma greve que, além da pauta salarial, teve um caráter político fundamental. Lembrar essa trajetória é lembrar que podemos resistir para preservar patrimônios do povo brasileiro, como a Caixa Econômica Federal”, declarou. 

As duas audiências reforçam o compromisso do mandato em promover o diálogo entre trabalhadores, governo e setor financeiro, buscando caminhos para um sistema bancário mais inclusivo e acessível. Além disso, as atividades contaram com a participação dos representantes dos sindicatos, representantes das instituições financeiras, especialistas e parlamentares.